Precisamos deixar de ser a velha e antiga Barreiras

4.8.17 leo micena 0 Comente




Na cabeça de quem está fora de Bayeux, seja cidadão, empresário, artista, intelectual e, principalmente, a nata da política paraibana, nós, moradores e cidadãos que aqui vivemos o dia-a-dia não somos cidade, continuamos a ser uma vila, aquela antiga Vila de Barreiras formada por pequenos casebres à margem de uma estrada que ligava Santa Rita a João Pessoa. 

Certamente, assimo como eu, você já percebeu que as pessoas de João Pessoa, de Santa Rita e até da menor cidade paraibana olham para nossa cidade como se fossémos, ainda, um subúrbio da Capital, outrora que se comunicava pela ponte Sanhauá.

O jornalista Assis Chateaubriand, fundador dos Diários Associados (TV O Norte, Jornal O Norte, Rádio O Norte), empresa que trabalhei durante onze anos, foi quem procurou  dar o nome de Bayeux, uma cidade da França, a uma cidade brasileira. E mesmo assim essa visão de que somos uma vila, um distrito, espremido por Santa Rita e João Pessoa ainda não nos libertou.

Ao longo da história foi assim que fomos tratados por políticos de fora. E os nossos políticos pouco conseguiram fazer para mudar esse sentimento, seja por omissão ou mesmo por incapacidade, falta de coragem e determinação. Vontade e decisão política para mudar esse cenário. Aquela história de Bayeux cidade dormitório é um exemplo.
Desde de jovem estudante, membro de grêmio estudantil refletia porque uma cidade lá do interior tem mais força e prestígio político do que nós. As explicações estão na nossa história, mas também no nosso recente passado e no nosso presente.

Não podemos chegar aos 60 anos de emancipação, que se aproxima em poucos anos, ouvindo que Bayeux era para ser um bairro de João Pessoa. Que Bayeux tem uma cabeça de burro enterrada. Que Bayeux não cresce. Esse tipo de discriminação e preconceito temos que passar por cima e brigar por respeito, independência econômica e liberdade política. 

Sei que muito disso depende dos políticos, dos nossos gestores e representantes, que muito têm nos envergonhado. Mas vamos fazer nossa parte, através da educação, da cultura, do esporte, e da consciência cidadã e política.

Sou + Bayeux. Somos + Bayeux!

Léo Micena

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